fauna

Onça-parda com dois filhotes é monitorada em Caçapava

Francine Boijink

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Telmo Almansa/divulgação

Armadilhas fotográficas foram instaladas depois de ser vista, no interior de Caçapava do Sul, uma onça-parda com dois filhotes. A intenção é fazer o monitoramento, a identificação e o registro do segundo maior felino encontrado no Brasil para uma posterior catalogação.

Apesar de predominar em toda a América, a onça-parda raramente é vista no interior do Rio Grande do Sul. Um dos motivos para a região em Caçapava ser favorável à presença da espécie é a possibilidade de esconderijo. Outro é a presença de animais silvestres que servem como alimentação, como coelhos. Vestígios que remetem à presença da onça, também conhecida como puma, foram localizados.

De acordo com o engenheiro florestal Telmo Almansa, o fato de, no local, haver restos de vegetação, após a retirada de um mato de eucaliptos, faz com que esse hábitat seja propício para camuflagem dos filhotes, com as folhas secas se confundindo com a cor da plumagem.

- Identificamos a lebre europeia, que é um animal exótico e a principal fonte de alimento para ela. Também avistamos vestígios de javali naquela região - explica.

As duas armadilhas fotográficas ficam em áreas em que foram detectadas possíveis trilhas, perto de bebedouros. Além disso, pegadas mais arredondadas e sem marcas de unhas, típicas de felinos, que possuem as estruturas retráteis, foram localizadas. Já em algumas árvores, foram encontrados arranhões, que caracterizam uma forma de demarcação de território. A instalação de armadilhas começou há duas semanas, em uma área a cerca de 10 quilômetros da cidade. Por enquanto, somente outros animais foram registrados.

É PERIGOSA?

Caso algum morador da região venha a deparar com a onça, a orientação é que não se faça barulho nem se tente espantá-la, deixando com que o animal siga seu curso normal. Ataques a humanos são raros.

- Ela não tem intenção de atacar ninguém. Ela somente tem intenção de proteger os filhotes e procurar o hábitat mais seguro - orienta Almansa.

 Segundo o engenheiro, por mais que ocorra avanço da agricultura e a área de mato nativo reduza, os felinos conseguem se adaptar melhor à intervenção do homem, caçando e se alimentando.

- A onça-parda sempre esteve na região de Caçapava, nós que estamos avistando agora em função da diminuição do hábitat dela, mas o ponto positivo nisso é que os plantios de eucalipto têm favorecido para que esses animais tenham um hábitat mais seguro - diz.

82 cartões do Auxílio Inclusivo são furtados em Santa Maria

Devido ao relevo, Caçapava do Sul não é propícia para o plantio da soja, mas favorece o plantio de eucaliptos. Por isso, o hábitat da onça-parda ainda está sendo conservado na região.

Em outubro de 2016, um homem foi preso por ter matado uma onça-parda a tiros no interior de Jari. A caça da espécie, que é protegida, é proibida e configura crime ambiental.

ONÇA-PARDA

Conhecida também como puma ou suçuarana, é o segundo maior felino do país, atrás apenas da onça-pintada. O nome científico é Puma concolor

O animal adulto tem comprimento entre 1m50cm e 2m75cm e pesa 70 quilos

A pelagem é varia entre marrom-acizentado claro e marrom-avermelhado escuro

É carnívora. Tem hábito solitário e costuma caçar apenas à noite

A espécie é encontrada em toda a América, inclusive no Rio Grande do Sul. Porém, são raros os relatos de avistamentos no Estado.

No Brasil, há o Plano de Ação Nacional de Conservação da Onça-Parda

A caça da onça-parda é proibida e considerada crime ambiental

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Obras no Calçadão entram em nova fase e incluem intervenções à noite

VÍDEO: 82 cartões do Auxílio Inclusivo são furtados em Santa Maria Próximo

VÍDEO: 82 cartões do Auxílio Inclusivo são furtados em Santa Maria

Geral